domingo, 25 de setembro de 2011

Rede Latino-americana de Organizações da Sociedade Civil pela Educação

Movimentos de 13 países da América Latina criaram, na manhã desta sexta-feira (16), a Rede Latino-americana de Organizações da Sociedade Civil pela Educação. O objetivo é promover a Educação inclusiva e de qualidade como prioridade das agendas públicas nacionais e da região; estabelecer estratégias e metas de colaboração de longo prazo; e promover o intercâmbio e a disseminação de experiências que contribuam para objetivos comuns.

Retrospecto

A rede foi lançada na sessão especial do Congresso Internacional: "Educação: uma Agenda Urgente", realizado em Brasília, de 13 a 16 de setembro. O dia de trabalho do Congresso foi organizado pelo Todos Pela Educação em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O evento contou com a participação de autoridades de diferentes países, entre elas, do ministro da Educação, Fernando Haddad.

"Temos a convicção de que o intercâmbio das experiências vai nos fazer bem. A América Latina tem uma dívida histórica com a Educação. Até o século XX, a Educação era um tema nacional; agora é regional. Podemos sair todos juntos da situação de inércia e avançarmos juntos em proveito do continente, pelo direito das crianças de se desenvolverem afetivamente. O ideal é que identifiquemos os problemas e que superemos, todos juntos, essa realidade", afirmou.

Para Marcelo Perez-Alfaro, especialista sênior em Educação do BID, "a prioridade educativa é uma questão que tem de ser encarada tanto pelo setor público quanto pela sociedade civil". Marcelo Cabrol, chefe da Unidade de Educação do BID, afirmou que a rede tem o papel de facilitar a colaboração. "Estamos prontos para trabalhar e para aprender."

Princípios da rede
Conheça aqui os princípios da rede, segundo o documento:

"Disposição para aprender: a riqueza das experiências latino-americanas é fonte de inspiração, conhecimento e otimismo. Por isso, partimos do princípio da necessidade de aprender com nossos próprios pares, a partir de seus êxitos e dificuldades, criando uma corrente Sul-Sul de intercâmbio de experiências.

Trabalho colaborativo: ainda não temos respostas para muitos de nossos problemas educacionais, mas estamos dispostos a trabalhar coletivamente na busca de melhores práticas e soluções mais adequadas..

Estado e Educação: acreditamos que cabe ao Estado assegurar a universalidade da oferta da Educação, como um direito humano e constitucional; cabe às autoridades legitimamente constituídas manter a sua direção sob a observação da sociedade civil, a quem representam e a quem devem prestar contas com total transparência.

Corresponsabilidade: acreditamos que, sendo a Educação de qualidade um elemento crucial de desenvolvimento social, humano e econômico de nossas sociedades, o alcance de seu exercício pleno deve ser assunto de todos, e implica no cumprimento das responsabilidades de cada um. Por isso, os cidadãos devem participar ativamente da avaliação, monitoramento e desenho das políticas educacionais, de maneira que sejam verdadeiras políticas de estado.

Participação: acreditamos que é possível alcançar impacto efetivo sobre políticas educacionais e ter uma relação construtiva entre o setor público e privado por meio do diálogo e de propostas de ações positivas e razoáveis que agreguem valor."

Integrantes
As organizações integrantes são as seguintes:

1. Argentina: Proyecto Educar 2050
2. Brasil: Todos Pela Educação
3. Chile: Educación 2020
4. Colômbia: Empresarios por la Educación
5. Equador: Grupo Faro
6. El Salvador: Fundación Empresarial para el Desarrollo Educativo - Fepade
7. Guatemala: Empresarios por la Educación
8. Honduras: Fundación para la Educación Ernesto Maduro Abreu - Ferema
9. México: Mexicanos Primero
10. Panamá: Unidos por la Educación
11. Juntos por la Educación: Paraguay
12. Peru: Empresarios por la Educación
13. República Dominicana: Acción por la Educación - Educa

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